segunda-feira, 25 de julho de 2011

Oswaldo Montenegro




"Oswaldo Montenegro criou um estilo próprio, sem dar bola para Bossa Nova, Tropicália... Essa independência incomodou. Ele ganhou todos os festivais, vendeu milhões de discos, produziu musicais recordistas de público e lota o Canecão até hoje, independente da mídia".
Roberto Menescal ( Revista "O Globo" - 02/05/2010 )

Nome completo: Oswaldo Viveiros Montenegro
Nome artístico: Oswaldo Montenegro
Codinome: 
Data de nascimento: 15/03/1956
Local: Rio de Janeiro/RJ
Gêneros: MPB, Folk Progressivo e Rock Rural


BIOGRAFIA-1 ( Sinopse )

Oswaldo Viveiros Montenegro nasceu em 15 de março de 1956, no Grajaú, Rio de Janeiro, filho mais velho de quatro irmãos. Sempre adorou ler e devorava coleções de Júlio Verne, Monteiro Lobato, Malba Tahan.

Aos 7 anos mudou-se para São João Del Rey, Minas Gerais, onde passou boa parte da infância. O espírito seresteiro de Minas influenciou toda a vida de Oswaldo. À noite, pulava a janela de casa para acompanhar amigos de seu pai em serestas noturnas para namoradas. Apaixonado por essa música tão viva e presente em seu dia a dia começou, aos 8 anos, a estudar violão com um desses seresteiros e compôs sua primeira canção, "Lenheiro", nome do rio que corta a Cidade.

Aos 13 anos, já de volta ao Rio de Janeiro, venceu seu primeiro festival, com a "Canção Pra Ninar Irmã Pequena", música que mais tarde gravaria na trilha do vídeo "O Vale Encantado", com o título "Canção Pra Ninar Gente Pequena”. Em 1971, mudou-se com a família para Brasília, cidade que viria a adotar e que é tema constante em sua obra. Foi nessa cidade que Oswaldo conheceu e manteve estreito contato com a família Prista Tavares, da qual fazia parte o Maestro Otávio Maul. Essa foi uma influência decisiva. Através deles, entra em contato com a música erudita. Apaixonado, assiste a concertos, conhece obras, passa noites conversando, se interessa pela técnica e teoria musicais. Estuda muito sozinho, lendo sem parar obras que caem em suas mãos sobre Música, História da Música, grandes compositores.

Aos 14 anos, ainda em Brasília, começou a participar com freqüência dos festivais da cidade. Conhece, então, amigos e parceiros que o acompanhariam pela vida a fora como José Alexandre, Raimundo Marques, Ulysses Machado, Madalena Salles. Começa a fazer shows e a escrever arranjos para suas músicas.

Em 1972 teve a música "Automóvel" classificada no último Festival Internacional da Canção, da Globo. Apresenta-se, assim, pela primeira vez, num festival de vulto nacional. Chegou a cursar duas Faculdades, Comunicação e Música, ambas incompletas.

Em 1974, em parceira com o amigo de infância e parceiro Mongol, escreveu sua primeira peça musical, "João sem Nome", encenada em 1975, no Teatro Martins Pena, de Brasília. Em 1976, o espetáculo é reencenado, dirigido dessa vez por Hugo Rodas, coreógrafo uruguaio que viria a ter grande influência no trabalho de teatro de Oswaldo. Essa segunda montagem é apresentada no Rio de Janeiro, onde é assistida pelo renomado crítico de teatro Yan Mishalsky, que compara o grupo aos antigos menestréis que, na Idade Média, sobre uma carroça, corriam de cidade em cidade, apenas com seus instrumentos, suas vestes e sua voz, para contar e cantar histórias para platéias, nas praças. Mishalsky chama o grupo de 
"Os Novos Menestréis", título que acompanharia Oswaldo por muito tempo.

Em 1975, assinou seu 1º contrato com uma gravadora - a Som Livre - lançando seu primeiro compacto, "Sem Mandamentos".

Em 1976, a convite de Hermínio Belo de Carvalho, Oswaldo fez, ao lado de Marlui Miranda e Vital Lima, o 1º show de artistas desconhecidos da série "Seis e Meia", no Rio de Janeiro. Volta, então, a morar no Rio, onde continua a fazer shows quase que ininterruptos. Ainda encantado com o teatro, continua a escrever espetáculos musicais, paralelamente aos shows, passando agora a dirigi-los.

Em 1977, lançou seu primeiro LP, "Trilhas", independente, a convite e produzido por Frank Justo Acker.
No ano seguinte, foi convidado a gravar pela WEA seu 1º LP por uma gravadora - "Poeta Maldito, Moleque Vadio".

"Fui então, convidado a gravar pela WEA. Gravei Poeta Maldito.... Moleque Vadio. Produzido por Gastão Dalamoni, foi um disco que fizemos com orquestra, um disco com um certa tendência conservadora e muito MPB. Eu escrevi 3 ou 4 arranjos e Luis Cláudio Ramos escreveu os outros. A música mais conhecida deste disco foi Léo e Bia, porém a música que as pessoas mais pedem é Sem puder sem medo, que depois entrou em algumas peças minhas, mas que nunca regravei. Minha canção favorita deste disco é Quem Havia de Dizer. Tem também Fruta Orvalhada que eu gosto muito e regravei depois no álbum Branco. Poeta foi um disco que quase não vendeu, o que fez com que a gravadora pensasse em me dispensar. Foi até interessante, porque eu tinha composto Bandolins e inscrito e classificado a música no festival da extinta TV TUPI. Eu estava com a moral tão baixa na gravadora, que ganhei só metade de um compacto, ficando o outro lado com um compositor chamado João Boa Morte, que também havia sido classificado no festival."

Em 1979, estourou no festival da extinta TV Tupi, com a música "Bandolins", em 3º lugar. No ano seguinte, ganhou o 1º lugar no festival da Globo MPB-80 com "Agonia", de Mongol. A partir daí, faz excursões nacionais, toca em grandes teatros, entra na mídia. O patamar de Oswaldo muda. Ainda em 80, lança seu 2º disco pela WEA - "Oswaldo Montenegro", alcançando, com este, seu primeiro disco de ouro.

Em 1981, lança seu 3º LP pela WEA - "Asa de Luz". Sempre ansioso e insatisfeito, ele se inquieta com aquele repentino sucesso. Abandona tudo e vai para Brasília onde, acompanhado de Mongol, José Alexandre e Madalena Salles, monta um espetáculo musical - "Veja Você, Brasília" - com artistas da própria cidade. Foram mais de 500 testes, 60 artistas aprovados e 60 chamadas, por dia, na televisão. Trabalharam durante 6 meses.
Em abril de 1982, estreou no teatro Villa-Lobos, com casa superlotada, durante toda a temporada de 15 dias.
Nesse elenco, estavam os ainda desconhecidos Cássia Eller, Zélia Duncan e Marcelo Saback.

Em 1982, Oswaldo e seus companheiros foram para Belo Horizonte, onde realizaram o mesmo projeto - testes e montagem de um espetáculo, "Cristal", com artistas da cidade. O disco do espetáculo, com o mesmo título deste, foi gravado com o elenco e lançado, no ano seguinte, pela Polygram. Em Belo Horizonte, Oswaldo conheceu a bailarina Marjorie Quast e escreveu para o grupo de dança de sua escola - Núcleo Artístico de BH - o balé "A Dança dos Signos". Marjorie montou este espetáculo, que seria o primeiro dos muitos trabalhos que os dois realizariam juntos.
Depois seguiram para Curitiba, onde também fizeram testes para um outro espetáculo, mas a montagem, nessa Cidade, não foi concretizada.

De volta ao Rio, novos testes para nova montagem teatral, dessa vez a versão para musical do, até então balé, "A Dança dos Signos". "A Dança dos Signos" tornou-se o primeiro estouro em teatro de Oswaldo. A temporada prevista de um mês, no Rio de Janeiro, se estendeu ali por 3 anos ininterruptos e por 10 anos, entre excursões e novos elencos.
Assim, foi interrompido o projeto de montagem em cidades diferentes, com elenco de cada Cidade.

Em 1985, participa de outro Festival da TV Globo, com a música "O Condor", lançada em disco pela Polygram. No palco, um coro de 25 negros o acompanha. Ainda em 85, lança, pela Polygram, o disco mix "Drops de Hortelã", simultaneamente à temporada do show solo do mesmo nome. 
O disco conta com a participação de Glória Pires.

"Em 1984 fiz Brincando em cima daquilo, com a Marília Pêra e gravamos o compacto homônimo, um disco com 4 músicas, onde aparece a primeira gravação de Lua e Flor, cantado pela própria Marília."

"Em 1985 participei do Festival dos Festivais com Condor. Fiz essa música para a peça homônima de Ana Maria Nunes, dirigida por Miguel Falabella, que não chegou a estrear, sobre Castro Alves. Por isso, no festival cantei com o coral de negros, uma alusão ao tema da peça."

Uma das maiores características de Oswaldo é o prazer de conhecer pessoas, andar sozinho por Cidades, lugares desconhecidos, batendo papo com um, com outro, entrando num bar e conversando com as pessoas de uma mesa, levantando-se para ir à outra mesa, a outro bar, ver novas pessoas... Dessas andanças, muitas pessoas permaneceram em sua vida ou em sua carreira, como, por exemplo, Milton Guedes. Oswaldo perambulava por Brasília quando, entrando num bar, ouviu um sax maravilhoso. Esperou o show acabar e foi falar com o menino de 18 anos que acabara de ouvir.

Terminada a temporada de "Os Menestréis", no Rio, Oswaldo percorreu algumas cidades, fazendo testes para seu próximo espetáculo, "A Aldeia dos Ventos". De Brasília, trouxe Robespierre Simões; de Florianópolis, Deborah Blando; do Rio, Lui Coimbra. Milton Guedes, Vanessa Barum, Tereza Seiblitz, Adriana Maciel, que já haviam feito outros espetáculos e participaram dessa nova montagem. O espetáculo estreou em 87, tendo sido lançado, independentemente, o disco do mesmo nome. Este, porém, não teve a participação do elenco, mas sim de grandes nomes como Ney Matogrosso, Gonzaguinha, Sivuca, Zizi Possi, Glória Pires, Lucinha Lins. Excursionando pelo Brasil durante o ano de 1988, em algumas apresentações contou com as participações de Ana Botafogo e Glória Pires.

Em 1989, Oswaldo escreveu, junto com seu parceiro Raimundo Costa, o musical "Mayã, uma idéia de paz". O espetáculo foi montado, no mesmo ano, apenas com dança, com a narração em off. Como protagonista, a ainda bailarina Tereza Seiblitz. No elenco, estavam Vanessa Barum, Deto Montenegro, o bailarino Sebastian, hoje conhecido como Sebastian da C&A, e outros. Neste espetáculo, Oswaldo ficou apenas na direção.

Ainda em 1989, lançou o CD "Oswaldo Montenegro ao vivo", pela Som Livre, com a música "Lua e Flor", canção-tema do personagem principal da novela "O Salvador da Pátria", da Globo. As viagens com shows continuavam.

Em 1990, é convidado para montar e dirigir uma oficina-montagem de musical com artistas paulistas. Leva seu irmão, Deto, para ser seu assistente e lá, através de testes, selecionam os artistas que participaram da oficina, que resultou em seu primeiro estouro teatral em SP, o espetáculo "Noturno". Foi nesse período que conheceu Tânia Maya, Marcelo Palma, Estela Cassilate, Itamar Lembo, artistas que viriam a acompanhá-lo em quase todas as montagens que fez naquela cidade. Do Rio, para esta oficina, ainda contou com a presença de Marcelo Várzea e outros artistas. O estouro de "Noturno" foi tamanho, que Oswaldo permaneceu por 3 anos em SP, onde montou vários espetáculos. O primeiro foi uma 2ª versão de "Mayã, Uma Idéia de Paz", desta vez tendo como protagonista a atriz Carolina Casting, ainda uma desconhecida bailarina, recém chegada de Florianópolis. A narração do espetáculo foi de Jofre Soares, que teve, então, uma de suas últimas atuações em teatro.

Seguiram-se outras montagens, como "Crônica de Paixões e Gargalhadas", a versão paulista de "A Dança dos Signos", entre muitas outras. Mesmo nessa fase de intenso trabalho com montagens, em SP, Oswaldo continua vindo ao Rio para gravar seus CDs de carreira. Ainda em 90, lança, pela Som Livre, o LP "Oswaldo Montenegro", cuja faixa "Travessuras", faz parte da trilha sonora da novela Gente Fina, da TV Globo. 
Nesse mesmo ano ainda, lança, pela Globo Vídeo, o vídeo "Oswaldo Montenegro e banda", gravado na Sala Villa Lobos, do Teatro Nacional de Brasília.

Em 1991, lança o disco "Vida de Artista", pela Som Livre.
Em 1992, lança o disco "Mulungo", pela Som Livre, com a participação de amigos seus, como José Alexandre, Vanessa Barum, Tânia Maya, Eduardo Costa.


Em 1993, Oswaldo começou a sentir necessidade de aprimorar sua execução no violão.Convidou, então, seu amigo e companheiro de palco Sérgio Chiavazzoli, para passar uma temporada em sua casa, em SP, para lhe dar aulas e estudarem juntos. Sérgio aceita e, para tornarem mais interessantes as horas de estudo, resolvem se centrar nas músicas de Chico Buarque. Desse período de estudo, resultaram o show e o CD "Seu Francisco", com produção e direção de Hermínio Bello de Carvalho. Nesse mesmo ano, Oswaldo volta a fixar residência no Rio, embora continue sempre indo a SP, prestar apoio e orientação a seu irmão Deto, que assumiu integralmente a oficina de montagens. As tournées e os CDs continuam.

Em 1994, Oswaldo lança seu primeiro livro - "O Vale Encantado" - um livro infantil, no mesmo ano indicado pelo MEC, através da Universidade de Brasília, para ser adotado nas escolas de 1º grau. Nesse mesmo ano, realizou sua 1ª excursão fora do país, fazendo shows em Boston, New Jersey, Monte Vernon, Conecticut e Miami.

Em 1995, lança, pela Albatroz, o CD "Aos Filhos dos Hippies", que conta com a participação de Carlos Vereza e Geraldo Azevedo.

Inovando sempre, no final de 1996, realizou em Curitiba, BH, Juiz de Fora e Brasília um espetáculo diferente: convidou 1 coral de cada uma dessas Cidades para participar de seu espetáculo.

Em 1997, preso no Aeroporto Santos de Dumont/RJ, por falta de teto, Oswaldo reencontra Roberto Menescal. Durante a conversa de horas dos dois, surge o tema letras de músicas da MPB que são verdadeiros poemas. Daí vem à idéia do CD "Letras Brasileiras". Menescal produz o CD, que é lançado no mesmo ano, e participa da tournée do show. Ainda em 97 grava e lança o vídeo "O Vale Encantado", que conta no elenco com a participação de Zico, Roberto Menescal, Fafy Siqueira, Luísa Parente, Tânia Maya e Madalena Salles. É lançado, também, o CD do mesmo nome. Lança, também, nesse mesmo ano, o CD do espetáculo "Noturno", pela Tai Consultoria em Talentos Humanos e Qualidade.

Em 1998 Oswaldo recebe o título de cidadão honorário de Brasília, concedido pela Câmara Legislativa do DF. Nesse mesmo ano, Oswaldo volta às montagens teatrais. Monta, então, com o elenco que até hoje considera o mais fácil, divertido e agradável de se trabalhar, "Léo e Bia", numa versão mais madura e coerente com a postura que ele tem, atualmente, daquela história. Grava o CD homônimo, também com Menescal. Monta, ainda, com elenco de Brasília, a 2ª versão de "A Aldeia dos Ventos".

Em 1999, apresenta 3 espetáculos, no Teatro de Arena, no Rio de Janeiro: "Léo e Bia", "A Dança dos Signos" e o inédito "A Lista", lançando, nessa temporada, os CDs dos 2 últimos.

No carnaval de 2000, o Grêmio Recreativo Escola de Samba Mocidade Independente do Gama prestou-lhe uma expressiva homenagem, fazendo, de sua vida artística, o enredo da escola. Nesse mesmo ano, comemora os 20 anos de carreira com o show "Vinte Anos de Histórias" e com os CDs "Letras Brasileiras ao Vivo" e "Escondido no Tempo". Dedica-se, também, à série "Só Pra Colecionadores", de CDs independentes, de tiragem limitadíssima, vendidos apenas via internet.

Em 2001 monta em SP a peça “A Lista”, cujo CD se torna um cult, tendo sua música tema virado uma espécie de mania na Internet e outros veículos.

Em 2002 lança o CD “Estrada Nova”, cuja turnê bate recorde de público.

Em 2003 regrava a trilha de “A Aldeia dos Ventos” e começa sua remontagem.

Em 2004 lança o CD “Letras Brasileiras 2”, em parceria com Roberto Menescal, além do programa “Tipos”, no Canal Brasil, no qual retrata com músicas, textos e desenho animado, tipos humanos como a bailarina gorda, o chato, etc...

Em 2005 lança CD e DVD “Oswaldo Montenegro - 25 Anos de História”, que alcançam, ambos, a marca das 100 mil cópias.

Em 2006 lança, no Canal Brasil, em parceira com Roberto Menescal, o programa “Letras Brasileiras”, apresentado por ambos.

Em 2006 lança o CD/DVD “A Partir de Agora”, com músicas inéditas e participação de Zé Ramalho e Alceu Valença. Estreia a peça "Tipos", de sua autoria e direção, no Teatro Claras Nunes/RJ. 

Em 2007 e 2008, ainda  em parceria com Roberto Menescal, apresenta a 2a e a 3a temporadas do programa "Letras Brasileiras", no Canal Brasil. 

Em 2008 lança o CD/DVD “Intimidade”, pela Som Livre, com participação de Zeca Baleiro.

Em 2009 lança CD/DVD “Quebra Cabeça Elétrico” pela RWR e Universal Music. Faz testes com artistas de todas as partes do Brasil e cria a “Cia Mulungo”. Sob sua Direção, a Cia Mulungo estreia “Filhos do Brasil”, peça musical que recebe prêmios de Melhor Direção, Melhor Espetáculo (Voto Popular e Júri Oficial), Melhor Trilha Sonora e Melhor Iluminação no Festival de Teatro do Rio de Janeiro/UVA.

Em 2010 lança, no Festival Cine PE, seu primeiro longa-metragem, “Léo e Bia”, que recebeu os prêmios de Melhor Trilha Sonora e Melhor Atriz, para Paloma Duarte, além de inúmeros elogios da crítica. 
Lança CD “Canções de Amor” com músicas inéditas e grandes sucessos pela "Toca da Música".
Em setembro, no Canal Brasil, o programa “Na Trilha de Macunaíma” com a sua premiada Cia Mulungo, Madalena Salles e Jorge Mautner, onde Oswaldo Montenegro assina direção teatral e musical.

 E por aí vai. Já tem na cabeça novas ideias, com certeza...

[ Fonte: www.oswaldomontenegro.com.br ]




BIOGRAFIA - 2

Oswaldo Viveiros Montenegro (Rio de Janeiro, 15 de março de 1956) é um músico brasileiro. Além de cantor, compõe trilhas sonoras para peças teatrais, balés, cinema e televisão e foi casado com a atriz Paloma Duarte. Tem uma das parcerias mais sólidas da MPB ao lado de Madalena Salles, que o acompanha com suas flautas.

Nascido no bairro do Grajaú, Oswaldo é um caso excepcional de precocidade musical. Sem nunca ter estudado música regularmente, começou desde a tenra infância a ser influenciado por ela. Primeiro, na casa de seus pais no Rio de Janeiro: sua mãe e os pais dela tocavam piano, seu pai tocava violão e cantava.
A segunda influência foi mais forte. Aos oito anos, mudou-se, com os pais, para São João del-Rei, cidade mineira poética e boêmia, onde as serestas aconteciam todas as noites e as pessoas juntavam os amigos em casa para passar as noites tocando e cantando. Ao mesmo tempo, Oswaldo foi atraído para a música barroca das igrejas. Nesta época, teve aulas de violão com um dos seresteiros da cidade e compôs sua primeira canção, Lenheiro, nome do rio que banha São João del-Rei. Venceu um festival de música com apenas 13 anos, no Rio de Janeiro, onde voltou a morar.

A decisão de se tornar um músico profissional veio com a mudança para Brasília, em 1971. Na capital federal, começou a ter contato com festivais e grupos de teatro e de dança estudantis. Fez seus primeiros shows e aos 17 anos a decisão de viver da música se tornou definitiva. Mudou-se novamente para o Rio, mas já havia adotado Brasília como a terra de seu coração e tema constante de sua obra. Também seus parceiros preferidos foram amigos que fez ali, como José Alexandre, Mongol e Madalena Salles, entre outros.
Foi ainda em Brasília que tomou contato com a música erudita nos concertos do Teatro Nacional. Não só assiste aos concertos com seus amigos músicos, entre eles o maestro Otávio Maul e a família Prista Tavares, mas entra pelas madrugadas conversando sobre técnica e teoria musicais. Autodidata, devora livros sobre história da música.

A partir daí, morando no Rio mas com os olhos e o coração postos em Brasília, sua carreira deslancha. Tem música classificada no último Festival da Canção da Rede Globo, o primeiro de repercussão nacional de que participa (1972), escreve e encena seu primeiro musical (1974-1975), lança três discos em três anos (1975-8) e vence festival na TV Tupi com seu primeiro megasucesso, Bandolins (1979).

Em 1980, participa em, e vence, o Festival MPB 80 da Rede Globo de Televisão com a canção Agonia, do amigo de infância Mongol. Mesmo com tanto sucesso, decide retornar a Brasília para montar em 1982, outro espetáculo musical, Veja Você, Brasília, com artistas locais. Deste espetáculo participam as ainda desconhecidas Cássia Eller e Zélia Duncan. Depois desta, viriam outras peças de teatro musical, uma particularidade bem marcante na trajetória de um músico brasileiro e que resgata uma maneira de divulgar música abandonada na primeira metade do século 20. São mais de 14 peças musicais, todas recorde de público e algumas, como Noturno", "A Dança dos Signos" e "Aldeia dos Ventos, estão em cartaz há mais de 15 anos e com montagens por todo o país.
Em 1985, participa do Festival dos Festivais, também pela Rede Globo, com a música O Condor, com acompanhamento de um coro de 25 cantores negros. Não para de gravar discos. Até 2006, são 34. Composições suas são interpretadas por Ney Matogrosso, Sandra de Sá, Paulinho Moska, Zé Ramalho, Alceu Valença, Zizi Possi, Zélia Duncan, Jorge Vercilo, Altemar Dutra, Gonzaguinha, Sivuca, Tânia Maya, entre outros. Até a atriz Glória Pires cantou em participação especial de um disco seu (1985).

Em 1994, Oswaldo lança seu primeiro livro — O Vale Encantado — um livro infantil, no mesmo ano indicado pelo MEC, através da Universidade de Brasília, para ser adotado nas escolas de 1º grau. Em 1997, adapta o livro para vídeo.

Em 1995 lança o cd "Aos Filhos do Hippies" com participação de Carlos Vereza e Geraldo Azevedo.

Em 1997, Oswaldo reencontra Roberto Menescal. Durante a conversa, surge o tema "letras de músicas da MPB que são verdadeiros poemas". Daí vem à ideia do CD "Letras Brasileiras". Menescal produz o CD, que é lançado no mesmo ano, e participa da tournée do show. Ainda em 97 grava e lança o vídeo "O Vale Encantado", que conta no elenco com a participação de Zico, Roberto Menescal, Fafy Siqueira, Luísa Parente, Tânia Maya e Madalena Salles. É lançado, também, o CD do mesmo nome. Lança, também, nesse mesmo ano, o CD do espetáculo "Noturno", pela Tai Consultoria em Talentos Humanos e Qualidade.

Em 1998 recebe o título de cidadão honorário de Brasília, concedido pela Câmara Legislativa do DF. Nesse mesmo ano, Oswaldo volta às montagens teatrais. Monta novamente "Léo e Bia", numa versão mais madura e coerente com a postura que ele tem, atualmente, daquela história. Grava o CD homônimo, também com Menescal. Monta, ainda, com elenco de Brasília, a 2ª versão de "A Aldeia dos Ventos".

Em 1999, apresenta três espetáculos, no Teatro de Arena, no Rio de Janeiro: "Léo e Bia", "A Dança dos Signos" e o inédito "A Lista" com a participação da atriz Bárbara Borges e do cantor Rafael Greyck, lançando, nessa temporada, os CDs dos 2 últimos.

Em 2000, comemora os 20 anos de carreira com o show "Vinte Anos de Histórias" e com os CDs "Letras Brasileiras ao Vivo" e "Escondido no Tempo". Dedica-se, também, à série "Só Pra Colecionadores", de CDs independentes, de tiragem limitadíssima, vendidos apenas via internet. Neste ano seus fãs criam seu primeiro fã-clube virtual, o OMOL (Oswaldo Montenegro online), onde admiradores de seu trabalho, através de um site na internet e posteriormente no ORKUT, se reúnem para conversar e interagir sobre sua obra e sobre a obra de artistas que com ele trabalharam. Em Florianópolis monta o musical Lendas da Ilha com mais 50 artistas locais entre eles Paulinho Dias e Cleiton Profeta do Circus Musicalis.

Em 2001 monta em SP a peça “A Lista” com a participação de Bruna di Tullio e Mayara Magri no elenco.

Em 2002 lança o CD “Estrada Nova”, cuja turnê bate recorde de público. Neste cd são gravadas novas músicas em parceria com Mongol.

Em 2003 regrava a uma nova trilha de “A Aldeia dos Ventos”.

Em 2004 lança o CD “Letras Brasileiras 2”, em parceria com Roberto Menescal, além do programa “Tipos”, no Canal Brasil, no qual retrata com músicas, textos e desenho animado, tipos humanos como a bailarina gorda, o chato, etc...
Em 2005 lança CD e DVD “Oswaldo Montenegro - 25 Anos de História”, que alcançam, ambos, a marca das 100 mil cópias.

Em 2006 lança, no Canal Brasil, em parceira com Roberto Menescal, o programa "Letras Brasileiras", apresentado por ambos. O programa foi inspirado no CD e no show que Oswaldo e Menescal apresentaram em 1997 por todo o país. Monta no Rio de Janeiro a peça "Tipos" e remonta Aldeia dos Ventos, com participação da atriz Camila Rodrigues, com a "Cia Aqui entre nós".

Em 2007, lança o CD e DVD "A Partir de Agora", gravando músicas inéditas com convidados como Alceu Valença, Zé Ramalho, Eduardo Costa, Diogo Guanabara e Mariana Rios. Na TV, inicia a segunda temporada do programa "Letras Brasileiras" ao lado de Roberto Menescal no Canal Brasil. No teatro, em parceria com o irmão Deto Montenegro, monta o espetáculo "Tipos" junto com a Oficina dos Menestréis de São Paulo.

Em 2008 lança, pela gravadora Som Livre, um novo DVD e CD chamado "Intimidade". Estes trazem 16 canções bastantes conhecidas com um novo arranjo elaborado pelo próprio Montenegro, por Sérgio Chiavazzoli e por Alexandre Meu Rei. Destaque para "Lume de Estrelas" que foi apenas gravada no disco "Asa de Luz" em 1981. Na TV, inicia a terceira temporada do programa "Letras Brasileiras", que apresenta com Roberto Menescal no Canal Brasil. No teatro, monta no Rio de Janeiro o espetáculo "Eu não moro, comemoro", com participação de Caio Ruas Miranda e Emílio Dantas e o "Projeto Canjas", onde abre espaço para jovens talentos se apresentarem ao lado de artistas consagrados. No fim do ano, tem alguns de seus maiores sucessos lançados em uma coletânea de 3 cds (3 BOX) pela Warner Music.

Em 2009 se dedica a formação de um grupo para montagens de musicais reunindo cantores, músicos, atores e atrizes como Verônica Bonfim, Léo Pinheiro, Rodrigo Sestrem, Emílio Dantas, Cibelle Hespanhol, Luísa Pitta, Renato Luciano, Larissa Landim e Shirlene Paixão, e estreia o musical "Filhos do Brasil" no Teatro do Jockey (RJ). Grava em São Paulo seu terceiro DVD: "Quebra Cabeça elétrico", lançado em outubro.

Em 2010 estréia do Festival de Recife seu longa-metragem "Léo e Bia" e lança o CD "Canções de Amor".

Musicais:
João Sem Nome - 1975
Labirinto - 1977
Veja Você Brasília - 1981
Cristal - 1982
A Dança dos Signos - 1983 e 1999
Léo e Bia - 1984, 1999 e 2006
Os Menestréis - 1986
Aldeia dos Ventos - 1986 e 2006
Noturno -1991
Mayã - 1992
Vale Encantado - 1997
A Lista - 1999
Lendas da Ilha - 2000
Tipos - 2006
Eu não moro, comemoro - 2008 (Oficina dos Menestréis - RJ)
Filhos do Brasil - 2009

Filme:
Léo e Bia - 2010


Discografia:
Sem Mandamentos (1975) Som Livre Compacto simples
Trilhas (1977) Independente LP
Poeta maldito... Moleque vadio (1979) WEA LP, CD
Oswaldo Montenegro (1980) WEA LP, CD
Asa de Luz (1981) WEA LP
A Dança dos Signos (1983) Philips LP
Cristal. Trilha sonora da peça (1983) PolyGram LP
Brincando em cima daquilo (1984) LP
Drops de Hortelã. Oswaldo Montenegro e Glória Pires (1985) PolyGram LP
Os Menestréis (1986) Independente LP
Aldeia dos Ventos (1987) Independente LP
Oswaldo Montenegro ao vivo (1989) Som Livre LP, CD
Oswaldo Montenegro (1990) Som Livre CD
Vida de Artista (1991) Som Livre LP, CD
Mulungo (1992) Som Livre CD
Seu Francisco (1992) PolyGram CD
Aos filhos dos hippies (1995) Albatroz CD
O Vale Encantado (1997) Albatroz CD
Noturno (1997) Independente CD
Letras Brasileiras (1997) Albatroz CD Léo e Bia (1998) Albatroz CD
Aldeia dos Ventos. Arte em construção (1998) Albatroz CD
A Dança dos Signos 15 anos (1999) Independente CD
Letras Brasileiras ao vivo (1999) Albatroz CD
A lista (1999) Independente CD
A lista. Trilha sonora do musical (1999) Independente CD
A lista (1999) Independente single
Letras brasileiras ao vivo (1999) Albatroz CD
Escondido no tempo (1999) Panela Music CD
Telas. Só para colecionadores (2000) Independente CD
Entre uma balada e um blues (2001) Ouver Records CD
A lista (2001) Jam Music CD
Estrada nova (2002) Jam Music CD
Letras brasileiras II (2003) Albatroz CD
Aldeia dos ventos (2004) Jam Music CD
Ao vivo - 25 anos (2004) Warner CD e DVD
Léo e Bia 1973 (2005) Jam Music CD
A Partir de Agora (2006) Wea CD e DVD
Intimidade (2008) Som Livre CD e DVD
Quebra-cabeça Elétrico (2009)Universal CD e DVD
Canções de Amor (2010) CD

Parceiros

Oswaldo Montenegro solidificou algumas parcerias de sucesso no decorrer da sua carreira, entre elas com Zé Ramalho, Roberto Menescal, Zé Alexandre, Sérgio Chiavazolli, Mongol, Milton Guedes, Eduardo Costta, Alceu Valença, etc. Trabalhou com muita gente em espetáculos teatrais, entre eles Zélia Duncan, Cássia Eller, Tereza Seiblitz, Isabela Garcia, Sebastian (da C&A), Bárbara Borges, Sthefany Brito, Patrícia Werneck, Pedro Nercessian, Daniel Del Sarto, Lúcia Alves, Emílio Dantas, Bruna di Tullio, entre muitas outras.

[ Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre ]

[ Editado por Pedro Jorge ]


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Telefone: (11) 2183.8383


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Site oficial: www.oswaldomontenegro.com.br

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