"O Tunai é a própria natureza musical"
Simone
[ Fonte (frase): www.tunai.com.br ]
Nome completo: José Antônio de Freitas Mucci
Nome artístico: Tunai
Data de nascimento: 13 de novembro de 1950
Local: Ponte Nova/MG
Gênero: MPB
BIOGRAFIA - 1
Cantor. Compositor. Neto de árabes. Filho de Daniel Mucci e Maria Auxiliadora de Freitas Mucci. Com a mãe (Dona Lilá) - criadora e participante de um grupo de seresta, onde toca violino e mantém um coral de 40 vozes, juntamente com a filha (Auxiliadora) -, aprendeu as primeiras noções de música.
A irmã foi crooner no clube de Ponte Nova. Irmão do também cantor e compositor João Bosco. Aos 11 anos, chamou atenção em um festival da Escola Nossa Senhora das Dores, cantando bossa nova. Antes de ir para Ouro Preto/MG (1968) estudar no Escola Técnica Federal (Metalurgia) e depois na Escola de Minas (Engenharia) Tunai participou de mais dois festivais, um em Ouro Preto e outro em Ponte Nova, ganhando o 1º lugar com uma toada em parceria com Tim, seu conterrâneo poeta e as participações de Margareth, sua irmã caçula cantando, de João Bosco e seu quarteto de Ouro Preto (Paulinho, Zé Andrade e Nilberto, assim como o João, todos estudantes de Engenharia) e Tunai no baixo, instrumento que adotou quando tocava no "Mafra Filho e seu Conjunto" que animava as domingueiras dançantes no Pontenovense Futebol Clube, substituíndo o então baixista titular, Jair, que trabalhava no Banco do Brasil e fora transferido da cidade. "Nunca mais me esqueci do case preto com forração na cor azul cintilante de um veludo macio e cheiroso, guardando o Giannini vermelho e branco (as cores do clube) um lindo baixo elétrico que o PFC comprou, exigência minha, pois não conseguia nem segurar direito o baixo acústico do Jair (muito maior do que eu), ainda mais tocar..."
Do Mafra Filho cujo repertório era Bossa Nova, Jazz, Foxtrote, Bolero, Samba etc, naquela formação clássica com Zeli Mafra no Sax e Flauta, Baixo, Bateria (Edinho, que mais tarde viria substituir Lalinho-maravilhoso guitarrista e seu irmão Toninho Vermelhão assumindo a bateria), trumpete (Afrânio), percussão e um crooner negro, elegantíssimo no seu smoking bicolor, gumex no cabelo, cantando muito e ainda por cima chegava no clube numa Harley Davidson, nasceu o JBS (Jovem Brasa), com muito Beatles, Rolling Stones, sucessos da Jovem Guarda, muito Rock e Blues (The Animals) onde a banda se apresentava nos clubes da cidade e boa parte da Zona da Mata, onde normalmente as viagens eram de Trem. Tunai no baixo, Edinho na guitarra, Toninho Vermelhão na bateria (ótimo goleiro também), Tché Tché na percussão e Afrânio Pé Duro na segunda guitarra, era assim.
Em 1977, João Bosco o apresentou ao letrista Sergio Natureza, com quem viria mais tarde a produzir boa parte de sua obra e seus maiores sucessos.
Estreou em 1978, quando Fafá de Belém interpretou "Se eu disser", composição sua com Sérgio Natureza. No ano seguinte, Elis Regina registrou, de sua autoria, "As Aparências Enganam", parceria com Sérgio Natureza, no elepê Elis - essa mulher. Tunai gravaria ainda em 1980, pela PolyGram, um compacto simples, produzido por Octávio Burnier, com as músicas "As Aparências Enganam" e "Trovoada", ambas em parceria com Sergio Natureza. Ainda em 1980 Elis Regina incluiria no disco Saudades do Brasil outra música sua: "Agora tá" (c/ Sergio Natureza).
Em 1981, Tunai lançou em compacto simples a música "Adeus à dor", em parceria com Sergio Natureza e gravou seu primeiro elepê, Todos os tons, pela PolyGram. Neste mesmo ano, César Carmago Mariano ganhou o prêmio de melhor arranjo no Festival da Rede Globo, com a música "Adeus à dor" (Tunai e Sergio Natureza). Em1982, Jane Duboc obteve o 3° lugar no Festival MPB Shell da Rede Globo com a música "Doce mistério", outra parceria com Sergio Natureza. No ano seguinte, Tunai gravou o disco Olhos do coração, pela PolyGram.
Em 1984, a música "Depois das dez" (c/ Sergio Natureza) foi incluída no disco Delírios e delícias, da cantora Simone. Nesse mesmo ano, Gal Costa gravou duas composições de sua autoria: "Olhos do coração" (c/ Sergio Natureza) e "Eternamente" (c/ Liliane e Sergio Natureza), esta última incluída como tema de novela da Rede Globo, tema de caso especial e ainda na peça "De braços abertos", estrelada por Irene Ravache e Juca de Oliveira. Ainda nesse ano, lançou pela gravadora Barclay-Ariola o disco Em cartaz, com destaque para a música "Frisson" (c/ Sergio Natureza), que ficou conhecida como "A melô do anjo que caiu do céu", incluída como tema da novela "Suave veneno", da Rede Globo.
Entre 1985 e 1994, fez vários shows em teatros de todo o Brasil e lançou diversos discos: Sintonia (PolyGram - 1985), Sobrou pra mim (Eldorado - 1988) e Dom (Caju Music - 1994). Todos com sucessos amplamente divulgados em várias emissoras de rádio e incluídos em trilhas de novelas e casos especiais, como "Sintonia" (novela "Tititi" da Rede Globo), "Sobrou pra mim" (trilha da novela "Fera radical", também da Rede Globo), e "Meu amor" (versão para "My love", de Paul MacCartney, incluída em "Despedida de solteiro", da Rede Globo).
Entre seus muitos parceiros está Milton Nascimento, que obteve sucesso com a gravação das músicas "Rádio experiência" e "Certas canções". Dos intérpretes de suas composições, constam grandes nomes da MPB, como Gal Costa ("Eternamente" e "Olhos do coração"), Elba Ramalho ("Frisson"), Fagner ("Azul da cor de um blues"), Jane Duboc ("Doce mistério" e "À cores"), Emílio Santiago ("Perdão"), Elis Regina ("As aparências enganam", "Agora tá" e "Lembre-se"), Fafá de Belém ("Na hora exata", "Eternamente" e "Se eu disser"), Zizi Possi ("Numas"), Beto Guedes, Joanna, Sandra de Sá, Sérgio Mendes ("Olhos do coração") e Belchior.
Na década de 1990, Ney Matogrosso gravou "As aparências enganam", montando um show homônimo que percorreu com sucesso todo o país. A canção voltou a ser gravada por Beth Calligaris no CD Estrada, lançado pelo selo Geléia Geral. Em 1999, Ivete Sangalo lançou um disco onde interpretou "Frisson".
No ano 2000, em comemoração aos seus 20 anos de carreira fonográfica, lançou pela gravadora Jam Music o CD Certas canções-acústico. Nesse disco, gravado ao vivo no Teatro Municipal de Ouro Preto/MG, incluiu sucessos de sua carreira e composições suas que foram sucessos nas vozes de outros cantores, como "As Aparências Enganam", "Olhos do Coração", "Eternamente", "Certas canções", "Rádio experiência", "Sintonia", "Sobrou pra mim", "Meu amor" e "Frisson". O disco contou com as participações especiais de Milton Nascimento, na faixa "As sem razões do amor" (música sobre o poema de Carlos Drummond de Andrade) e de João Bosco, na música "Lobos do mar", em parceria com Márcio Borges. Durante o ano 2000, apresentou-se em vários teatros do país com o show "Certas canções - acústico". Nesse espetáculo, além do repertório do disco homônimo, incluiu também canções inéditas, como "Um dia de verão" (c/ Cláudio Rabelo), "Falando em ti - meu Rio" (c/ Sergio Natureza) e uma homenagem à bossa nova, interpretando "Wave" (Tom Jobim), "Desafinado" (Tom Jobim e Newton Mendonça), "Retrato em branco e preto" (Tom Jobim e Chico Buarque), "Eu sei que vou te amar" e "Chega de saudade", ambas em parceria com Vinícius de Moraes.
[ Fonte: www.tunai.com.br ]
BIOGRAFIA - 2
José Antônio de Freitas Mucci (Ponte Nova, 13 de novembro de 1950), mais conhecido como Tunai, é um cantor e compositor brasileiro.
Largou a engenharia civil, na qual trabalhava em Belo Horizonte, para se dedicar à carreira de músico, estreando em 1978. Trabalhou com o letrista Sergio Natureza, com quem compôs músicas para vários artistas como Elis Regina, Simone, Gal Costa, Nana Caymmi, Milton Nascimento, Beto Guedes, Roupa Nova, Fafá de Belém, Elba Ramalho e Sérgio Mendes, sempre com sucesso.
Na carreira-solo, tornou-se famoso com o hit Frisson, do disco Em Cartaz (1984) e que foi tema da novela "Suave Veneno", da TV Globo.
Curiosidade
É Irmão do cantor e compositor João Bosco de Freitas Mucci
Discografia
* Trovoada - as aparências enganam (1980)
* Festival da Nova Música Popular Brasileira - Adeus à dor (1981)
* Todos os Tons (1981)
* Olhos do Coração (1983)
* Em Cartaz (1984)
* Tunai (1985)
* Sobrou pra Mim (1988)
* Dom (1993)
* Certas Canções (2000), acústico ao vivo
* Sem Limite (2003) - 30 Sucessos
* Dança das Cadeiras (2004)
[ Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre ]
ENTREVISTA / Tunai
Por Marcus Vinicius Jacobson
( Entrevista publicada no dia 10 de julho de 2007 )
1) Qual o balanço que você faz dessa sua vasta carreira na música ?
Nestes anos todos de música, que teve início em 1978 como compositor e em 1980 como intérprete, alguns prêmios em Festivais, sendo os mais importantes os da Tv Globo quando tirei o 3ºlugar no MPB Shell com Tentação-Doce Mistério com Jane Duboc cantando comigo ao violão e Banda, e melhor Arranjo no festival seguinte com Adeus à Dor com Cèsar C.Mariano (Ambas minhas com Sérgio Natureza), 2 Compactos Simples (80/81), os Lps Todos os Tons (81), Olhos do Coração (83), Em Cartaz (84), Tunai (Sintonia) (85), Sobrou pra Mim(88), os CDs Dom (93), todos da Polygram, agora Universal, mais Certas Canções Acústico Ao Vivo (2000)(Jam Music/EMI Odeon) uma Coletânea Dupla 30Músicas-Sem Limite (Universal) e o mais recente Dança das Cadeiras (Independente), mais de 170 músicas gravadas pelos intérpretes e muitos Shows por aí.....
2) Intérprete, compositor, arranjador. De todas essas funções, qual a quela que você tem mais paixão de desempenhar e por que ?
Compositor, sem dúvida alguma, mas no nosso querido, grande e mal administrado e escandalosamente roubado País, é impossível viver das composições e a gente aprende por necessidade a ser Intérprete também e acaba gostando. Adoro fazer Shows, estar mais perto do público, enriquecendo minha música, absorvendo a diversidade cultural por todos os lugares q passo. Os arranjos saem praticamente prontos quando crio uma canção, o que a gente chama de arranjo de base, os outros-cordas, metais a gente deixa com os Arranjadores e Maestros oficiais, sempre opinando, é claro.
3) Você já teve músicas gravadas por Milton Nascimento, Emílio Santiago, Fagner, Gal Costa, Simone, Nana Caymmi e muitos outros. Tem alguma interpretação especial que tenha chamado sua atenção na voz de algum desses artistas?
Normalmente gosto muito de ouvir minhas músicas nas vozes dos intérpretes, e que no final das contas, ficam sendo deles, pois o compositor não é citado quando toca a música, por isto é pouco lembrado. São muitas as canções (a maioria em parceria com Sérgio Natureza) como já disse, e eu diria que gosto de quase todas, mas tem as que viraram clássicos como As aparências Enganam e Agora Tá - Elis Regina, Eternamente e Olhos do Coração - Gal Costa, Depois das 10 e Água na Boca (Tunai/Abel Silva) com Simone, dentre as 7 que ela gravou e Milton Nascimento com Certas Canções, uma das nossas 3 parcerias.
4) No início da década de 1980, depois de vários anos atuando com sucesso como compositor, você gravou seu primeiro LP solo. Sentiu muitas diferenças quando começou a atuar no palco ?
Subir num palco é muita responsabilidade, voccê tem que estar seguro. No início da minha carreira não me sentia preparado, o que me fez adiar minha estréia e recusar (quem diria!) convites de Gravadoras como WEA e Polygram por exemplo. Bons tempos aqueles...
5) Fale pra gente sobre seu mais recente trabalho e o que o público pode esperar dele
O mais recente foi Dança das Cadeiras(Out/2004) CD de inéditas com uma regravação de Sempre na Mira (Tunai/S. Natureza) Faixa 1, Lado A do 1º LP Todos os Tons, onde tive as participações de Zélia Duncan e a Banda Blue Notes, do meu filho André, mais Dudu e Felipe - todos atualmente com 20 Anos, atualíssima, onde diz: Cuidado, você está sempre na mira, da mentira de uma sombra de uma bomba de urânio, Cuidado você está sempre na briga, com uma faca na barriga, com uma viga no seu crânio, cuidado não respire pelo abano você está vivo por sorte e pode morrer por engano........Cuidado você está sempre na mira, da verdade de um revólver, fabricado pra matar, o tempo, a ira, a fome, de quem atira.Tem os meus parceiros S.Natureza, Abel Silva, Fernando Brant e Claudio Rabello, músicos excelentes, pra variar, arranjo de Jota Moraes e meus, fotos de José Luiz Pederneiras (De todas as Capas minhas) com uma grande qualidade técnica e muitos elogios da crítica na imprensa e infelizmente Independente onde o Público pode esperar Pouco dele (além de não tocar nas Rádios tem uma precária distribuição) e muito quando coseguem ouvir, modéstia às Favas....
6) Pela sua experiência, como é que você vê essa situação do jabá na música ?
Não é de hoje que o Jabá existe, aliás uma prática aqui, nos EUA, Inglaterra, Europa e por aí vai...Me lembro de uma entrevista na imprensa há uns 2 anos, do André Midani, presidente da grav.WEA desde os anos 60 até uns 4 anos atrás quando foi pra Europa, pela mesma empresa, se não me engano, onde ele dizia qe foi procurado por alguns diretores de Rádios que disseram que à partir de uma tal data (na metade dos anos 60, creio eu) todas as gravadoras teriam q pagar para tocar os Artistas. Bem, o André foi contra e acreditando no seu Cast poderoso que figuravam, entre outros, Elis Regina e Gil, e nunca pensou que pudessem deixar de tocá-los, e aconteceu. Segundo ele, teve que ceder às pressões e já que as outras Gravadoras estavam pagando e diante das reclamações dos Artistas que não estavam tocando mais, deu o braço à torcer...È uma pena que tudo tenha virado Comércio, um Clube fechado, com poucos lugares marcados.
7) Você tem algum projeto de CD ou DVD Acústico para o seu trabalho para o futuro ?
Tenho muitas canções inéditas pra 1 CD de carreira, porém quero gravar 1CD/DVD Ao vivo com Banda e convidados importantes na minha carreira musical no Projeto 25Anos ou Mais de Tunai, privilegiando as músicas mais conhecidas e 2 ou 3 inéditas.
8) Qual sua opinião sobre a música praticada e veiculada hoje em dia ?
A nossa música é uma das melhores do mundo, já disse o eterno Tom Jobim que não me deixa mentir. Essa riqueza reflete em várias tendências musicais e é uma pena que o lado mais pobre seja mais divulgado, proporcionando uma cultura menor em busca de um lucro maior por parte das combalidas gravadoras nessa era digital. Mas o que é bom fica, e os clássicos da MPB estão aí pra provar...
9) Quais os seus próximos passos dentro da música ?
Os meus passos são os de sempre: Compor bastante,pra mim e pros Intérpretes,cantar e tocar nos muitos Shows por aí, ler muito e cuidar da Saùde, fundamental pra qualquer plano que se faça.
10) Deixe um recado final para todos os seus fãs espalhados pelo país a fora.
Os fãs são fundamentais no trabalho de qualquer artista, pois eles refletem a alma da gente e sempre à espera de novidades. Um grande incentivo pra nós. Saúde, paz, muita música e muito trabalho também, pra todos vocês que nos prestigiam e estão com a gente nessa estrada da Vida.
[ Fonte: www.mvhp.com.br ]
[ Editado por Pedro Jorge ]
SAIBA MAIS
Site oficial: www.tunai.com.br
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