Nome completo: Luís Vagner Dutra Lopes
Nome artístico: Luís Wagner
Codinome: O "Guitarreiro"
Data de nascimento: 20 de abril de 1948
Local: Bagé/RS
Gênero: Samba-Rock
BIOGRAFIA - 1
Luís Vagner Dutra Lopes (Bagé, 20 de abril de 1948) é cantor, compositor e instrumentista brasileiro.
Nascido e criado numa família ligada à música (seu pai, Vicente Lopes, era músico da orquestra Copacabana Serenaders, e seu avô, Romario Lopes Brasil , além de fotógrafo, era flautista), Luís Vagner logo cedo teve contato com a música. Seu primeiro violão foi presente do avô e desde então procurou seu próprio caminho, após receber influências de todo o tipo de música.
O que no entanto foi marcante para sua escalada musical foi a descoberta do Rock, ao ver o filme No balanço das Horas, um dos marcos do estilo no Brasil. Começou a compor algumas músicas.
Início da Trajetória musical
Em 1963, se muda com a família para Porto Alegre e participa da banda de Rock The Jetsons, formada por ele e mais 4 integrantes, que chegou a acompanhar alguns cantores que por lá se apresentavam.
Em 1966, a banda migrou para São Paulo e se transformou na banda Os Brasas. Da formação original dos Jetsons, ficaram apenas Edson da Rosa e Luís Vagner, contando com mais dois integrantes: Anires Marcos e Franco Scornovacca (que chegou a gravar um disco de samba-rock em 1978 e hoje é produtor e empresário musical, além de pai do trio de irmãos KLB). A banda contava com um repertório próprio, tendo Luís Vagner e Tom Gomes (seu mais constante parceiro nessa época) como principais compositores. Nesse período, o cantor e compositor carioca Demétrius gravou a canção "Magoei seu coração", primeiro registro em disco de uma música de Luís Vagner.
O Reconhecimento Como Compositor
Em 1968, Os Brasas gravam seu único disco, com composições próprias. Nesse mesmo ano, o cantor niteroiense Ronnie Von grava a música Sílvia, 20 horas domingo, de autoria de Luís Vagner e Tom Gomes.
Em 1969, com o fim dos Brasas, Luís Vagner começou então a trabalhar em estúdios como músico e produtor. Participou de alguns álbuns (como o disco da banda de soul Os Diagonais, de onde saiu o cantor e compositor paraibano Cassiano) e suas músicas foram gravadas por artistas como o cantor carioca Wilson Simonal e os irmãos vocais do Trio Esperança.
Em 1971, participou do disco Vida e Obra de Johnny McCartney, do cantor e guitarrista potiguar Gileno (ex-parceiro de Lílian Knapp, na famosa dupla jovem-guardista Leno e Lílian), disco que viria a ser o primeiro gravado em 8 canais no Brasil.
Em 1972, compôs uma de suas mais marcantes canções, Como?, gravada pela primeira vez pelo cantor e compositor pernambucano Paulo Diniz e posteriormente por muitos cantores brasileiros, entre eles o compositor e violonista paulistano de samba-rock Bebeto.
Em 1973, escreveu mais uma música que faria um grande sucesso: trata-se de Camisa 10, parceria com o compositor carioca Hélio Matheus, lançada pelo sambista santista Luiz Américo, que se tornou um hino futebolístico, graças à performance da Seleção Brasileira de Futebol daquele ano.
A Carreira Solo
Em 1974, gravou seu primeiro disco, "Simples", e iniciou uma fusão de ritmos e gêneros musicais que o acompanhavam desde criança. Nesse disco, o samba-rock "Só que deram zero pro Bedeu" (homenagem a Jorge Moacir da Silva, o Bedeu, compositor gaúcho que forneceria muitos sucessos a Bebeto) repercute bem dentro do cenário de música negra no Brasil. Esse álbum, assim como alguns outros, é 100% autoral. Ainda em 1974, participou do disco "1990 - Projeto SalvaTerra", do cantor e compositor carioca Erasmo Carlos, tocando viola na música "A experiência".
Em 1975, grava o disco "Cousas e lousas", que está fora de catálogo. Nesse mesmo ano, compõe com Bebeto "Segura a nega", que fez parte do álbum de estréia do violonista paulistano e foi redescoberta por DJs e grupos de samba-rock do século XXI. Paulo Diniz gravou "As Estradas", mais uma parceria com Tom Gomes.
Em 1976, gravou o disco "Luís Vagner", que ficou conhecido como "Guitarreiro", em virtude do sucesso da música que abre o disco, uma autobiografia. Nesse período, era conhecido como "gaúcho guitarreiro", alcunha que o acompanha até hoje. Continuou trilhando o caminho da fusão musical, tendo inclusive influências da chula, da guarânia e do reggae, esse último ritmo que o segue de forma mais marcante até hoje.
Em 1978, participa do disco de Franco Scornovacca como guitarrista e tem a sua música "Guitarreiro" regravada nesse álbum. E compõe "Se quiser chorar por mim" e "Gandaia" com o cantor e compositor mineiro Wando, músicas registradas no disco "Gosto de maçã", de Wando. Ainda em 1978, sua composição "Guria" integra a trilha sonora da novela da Rede Globo "Dancin' Days".
Em 1979, gravou seu disco "Fusão das raças", um trabalho de linguagem mais pop, mas também voltado para a diversidade musical. Além da inclusão de "Guria" (com participação vocal do cantor e compositor Paulinho Camargo), gravou pela primeira vez "Como?" e fez leitura inusitada de "Garota de Ipanema", do maestro e compositor Tom Jobim e do poeta e letrista Vinícius de Moraes.
Em 1981, foi homenageado pelo cantor e compositor carioca Jorge Ben, com quem conviveu durante a época da Jovem Guarda. A música "Luís Vagner Guitarreiro" consta do álbum "Bem vinda amizade". Os sambas "Embrulheira" e "Como?" e foram gravados por Bebeto em seu disco homônimo.
Em 1982, gravou o disco "Pelo amor do povo novo" e participa do festival de MPB da Shell com o samba "Crioulo glorificado", de Jorge Ben.
Em 1986, lançou seu primeiro disco ao vivo "O som da negadinha", com regravações de seus sucessos.
Em 1987, teve a música "Oi" gravada pelo percussionista paulista Branca di Neve no disco "Branca mete bronca vol. 2".
Em 1988, gravou o disco "Conscientização", um disco de reggae que contém entre outras a música "Oi". Ainda em 88, se junta a Toni Tornado, Lady Zu, Carlinhos Trumpete e Tony Bizarro para gravar o disco-manifesto "Alma negra".
Em 1989, realizou uma turnê pelo sul do Brasil, em lançamento do disco "Conscientização", boicotado pela gravadora Copacabana, que não mandou o disco para as lojas. Após a turnê, em 1990, ele e o produtor Mauro Pinheiro, a convite do amigo leal e percussionista Luiz Carlos de Paula, resolvem fazer uma viagem a França e lá gravam "Cilada" junto com a Banda Amigos Leais.
Esse trabalho não foi lançado no Brasil. O trabalho foi gravado em duas etapas. A primeira, ao vivo no "Jazz à Vienne", um dos maiores festivais musicais da França, e a segunda em um estúdio na periferia de Paris chamado John Lennon.
De 1989 a 1991, músico e produtor se instalam na cidade de Vaux Sur Senne, uma pequena vila distante 40 km de Paris. Com uma base montada na pequena ilha, se associam à jornalista francesa Michéle Pelé e iniciam uma fase de muitos shows pela França.
Voltando ao Brasil em 1992, estréia um show no Aeroanta onde recebe a Banda The Wailers. Realiza uma série de shows por praças publicas em São Paulo e inicia a produção de "Vai dizer que não me viu ...", lançado em 1994 pelo selo independente DAAZ, finalizando mais um ciclo muito produtivo de sua carreira.
Luis Vagner volta à antiga parceria com o produtor Nilton Ribeiro e grava pela Paradoxx "Brasil Afrosulrealista", com a presença constante do reggae e "Swingante" onde retorna ao samba-rock.
O Guitarreiro e o Retorno do Samba-Rock
Em 2001, com a volta do samba-rock ao cenário musical, conseguiu nova projeção e se apresentou em diversas casas em São Paulo e Porto Alegre. Nessas ocasiões, foi freqüente a participação especial da banda paulistana Clube do Balanço, que teve em seu disco de estréia três músicas do guitarreiro (que participou inclusive da gravação do disco): "Saudade de Jackson do Pandeiro" (com Bedeu), "Trilha guitarreira" (com o guitarrista e compositor paulistano Marco Mattoli, líder da banda Club do Balanço e "Segura a nêga" (com Bebeto). Na faixa "Falso amor", de Bedeu, divide vocais com Mattoli.
Atualmente, mora em São Paulo e continua na ativa, como cantor, compositor e músico.
Curiosidade
Luis Vagner sempre foi um apaixonado por futebol. Jogou, na juventude, na categoria infanto-juvenil do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense e, em 1989, após a morte do amigo Branca di Neve, embarcou para a França, onde jogou, aos 42 anos por um clube da Terceira Divisão daquele país, o Vaux Sur Senne. Após essa experiência internacional, retornou ao Brasil e retomou sua produção musical.
Projeto
No ano de 2009 em Abril, foi convidado pelo músico-percussionista e produtor LUIZ CARLOS DE PAULA, para participar de um projeto internacional, fazendo parte do ""THE JAMMING CARIBBEAN GROUP"" BOB MARLEY TRIBUTE, realizando 12 shows em MONACO Monte-Carlo no ""MOODS MUSIC BAR"" , Performed by: MONTY COOL (Singer and Steel Drums), LUIS VAGNER (Guitar-vocals), HACEN DJEGHBAL (Eletric Bass), JO KAYAT (Keyboards), MAX BLAISE (Drums)- com LUIZ CARLOS DE PAULA na produção e direção musical.
De volta ao Brasil Luis Vagner, segue na finalização do seu mais recente CD. de carreira ainda sem uma data definida de lançamento.
Em Outubro de 2010 Foi convidado do Grupo Sandalia de Prata, para participar de shows em eventos do SESC pelo estado de São Paulo
Em Dezembro de 2010 Retornou ao PRINCIPADO DE MONACO á convite de LUIZ CARLOS DE PAULA para participar do Quarteto Bananeira junto com MARCO "CAIXOTE" PONTES (Teclado), ROSE DE FRANCE (Voz), LUIZ C.DE PAULA (Percussão), e LUIS VAGNER (Guitarra), nos festejos de Natal e Reveillon realizando shows no SUN CASINO DE MONTE-CARLO.
E em Janeiro de 2011 fez parte do projeto "THE SAMBA-FUNK COMPANY" grupo formado por LUIZ CARLOS DE PAULA (Bateria-Percussão e Direção), MARCO "CAIXOTE" PONTES (Keyboards), JUNIOR MEIRELLES (Guitarra-Voz),SERGIO OLIVEIRA (Baixo), LUIS VAGNER (Guitarra-Voz), realizando 10 shows no "MOODS MUSIC BAR" em MONTE-CARLO MONACO.
Retornando ao Brasil em Fevereiro 2011, realizou alguns shows junto com o seu GRUPO AMIGOS LEAIS, no BAR MUSICAL "DIQUINTA" em São Paulo. Em Março 2011 participou do Programa de Televisão pela Internet "SHOWLIVRE" em São Paulo. E a partir daí retomando a carreira musical no Brasil realizando Shows por várias cidades brasileiras.
Discografia
Simples (1974)
Cousas e Lousas (1975)
Luis Vagner (1976)
Fusão de raças (1979)
Pelo amor do povo (1982)
O som da negadinha - ao vivo (1986)
Conscientização (1988)
Cilada (1990)
Vai dizer que não me viu (1995)
Brasil AfroSulRealista (2001)
Swingante (2001)
[ Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre ]
BIOGRAFIA - 2
Gaúcho de Bagé, Luiz Vagner Dutra Lopes nasceu em uma família musical. Filho de mãe índia, seu pai era um telegrafista e músico amador, que usava o nome artístico Sarará, e seu avô, além de fotógrafo e pastor, era flautista. Bem cedo começou a conviver com artistas em cidades da região. Aos dez anos, já tocava bateria e violão. Em 1963, mudou-se para Porto Alegre e neste mesmo ano, junto com Luiz Ernani, Valdir, Jacks e Edson da Rosa, formou o conjunto The Jetsons.
O grupo apresentava-se em reuniões dançantes e acompanhava os cantores que por lá apareciam, até que em 1966 desembarcam em São Paulo na época da Jovem Guarda, como Os Brasas, com mais dois membros: Franco, Anires Marcos e Edson. Por essa época, teve sua primeira canção, “Magoei Seu Coração”, gravada por Demétrius. Partindo para a carreira solo, com a dissolução do grupo em 69, gravou um compacto com as músicas “Viagem para o Sul” e “Moro no Fim da Rua”, esta gravada também por Wilson Simonal e Trio Esperança. Em 74 gravou seu primeiro LP, “Simples” e, em seguida, “Coisas e Lousas” (ambos na Chantecler).
No ano seguinte veio outro disco, “Guitarreiro” – uma referência a seu apelido no meio musical, “Gaúcho Guitarreiro” – incluindo ritmos diversos, como o samba, a chula, a guarânia e o partido-alto, com acento entre o reggae e o rock.
Em 1979, gravou mais um disco, “Fusão das Raças” (Philips), cuja canção “Guria” fora incluída um ano antes na trilha sonora da novela Dancin’ Days. Quatro anos depois lançou “Pelo Amor do Povo Novo” (Copacabana), no qual gravou uma composição de Jorge Ben, “Crioulo Glorificado”, defendida no MPB Shell 82.
Um anos antes, porém, o mesmo Jorge Ben lhe homenageou com a canção “Luiz Vagner Guitarreiro”. Tem músicas gravadas por Luis Américo (“Camisa 10”), Sílvio Brito (“Espelho Mágico”), Wando (“Se Quiser Chorar por Mim”), Ronnie Von (“Silvia, Vinte Horas, Domingo”), Adriana (“Justo Nesta Noite”), Eliana Pittman (“Vou Pular Neste Carnaval”), Paulo Diniz (“Como?”), Bebeto (“Segura a Nega”), além de Lady Zu, Tony Tornado, entre outros.
O guitarrista continua se apresentando pelo Brasil em shows. Em 2002, gravou com os conterrâneos do Ultramen, banda gaúcha que mistura rock, reggae, rap e outros estilos.
[ Fonte: cliquemusic.uol.com.br ]
[ Editado por Pedro Jorge ]
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