terça-feira, 12 de julho de 2011

Elza Soares





Nome completo: Elza da Conceição Soares
Nome artístico: Elza Soares
Data de nascimento: 23/06/1937
Local: Rio de  Janeiro/RJ
Gênero: MPB e Samba

Elza Soares nasceu em 23 de Junho de 1937 no Rio de Janeiro. Filha de uma lavadeira e de um operário, foi criada na favela de Água Santa, subúrbio de Engenho de Dentro. Cantava, desde criança, com a voz rouca e o ritmo sincopado dos sambistas de morro. Aos 12 anos, já era mãe e aos 18, viúva.

Foi lavadeira e operária numa fabrica de sabão e, com 20 anos aproximadamente, fez seu primeiro teste como cantora, na academia do professor Joaquim Negli, sendo contratada para cantar na Orquestra de Bailes Garan e a seguir no Teatro João Caetano.

Em 1958, foi a Argentina com Mercedes Batista, para uma temporada de oito meses, cantando na peça Jou-jou frou-frou. Quando voltou, fez um teste para a Rádio Mauá, passando a se apresentar de graça no programa de Hélio Ricardo.

Por intermédio de Moreira da Silva, que a ouviu nesse programa, foi para a Rádio Tupi e depois começou a trabalhar como crooner da boate carioca Texas, no bairro de Copacabana, onde conheceu Silvia Teles e Aluísio de Oliveira, que a convidou para gravar.

No seu primeiro disco, gravado em 1960, pela Odeon, cantou Se acaso você chegasse (Lupicínio Rodrigues e Felisberto Martins), alcançando logo grande sucesso. Esse samba fez parte de seu primeiro LP, com o mesmo titulo da música.

A seguir, foi para São Paulo SP, para trabalhar no show Primeiro festival nacional de bossa nova, no Teatro Record e na boate Oásis, gravando depois seu segundo LP, A bossa negra. Em 1962, como artista representante do Brasil na Copa do Mundo, que se realizava em Santiago, Chile, cantou ao lado do representante norte-americano, Louis Armstrong.

Nessa época ficou conhecendo o futebolista Garrincha, com quem casaria mais tarde. No ano seguinte, gravou pela Odeon o LP Sambossa, tendo como destaque as músicas Rosa morena (Dorival Caymmi) e Só danço samba (Tom Jobim e Vinícius de Moraes); e, em 1964, lançou pela Odeon Na roda do samba (Orlandivo e Helton Meneses), faixa-título do LP.

Realizando inúmeras apresentações pelo Brasil e nas emissoras de televisão, os LPs se sucederam: em 1965, foi a vez de Um show de beleza, pela Odeon, com, entre outras, "Sambou, Sambou" (João Melo e João Donato), e "Mulata Assanhada" (Ataulfo Alves); em 1966, saiu pela mesma gravadora o LP "Com a Bola Branca", onde cantou "Estatuto de Gafieira" (Billy Blanco) e "Deixa a Nega Gingar" (Luís Cláudio).

Apresentou-se, em 1967, no Teatro Santa Rosa, no show Elza de todos os sambas, e, novamente pela Odeon, gravou em 1969, o LP Elza, Carnaval & Samba, cantando sambas-enredo, como Bahia de todos os deuses (João Nicolau Carneiro Firmo, o Bala, e Manuel Rosa) e Heróis da liberdade (Silas de Oliveira, Mano Décio da Viola e Manuel Ferreira). Em 1970 foi para a Itália, apresentando-se no Teatro Sistina, em Roma, e gravando Que maravilha (Jorge Ben e Toquinho) e Mascara negra (Zé Kéti).

Nesse mesmo ano, gravou o LP Sambas e mais sambas, pela Odeon, interpretando músicas como Maior é Deus (Fernando Martins e Felisberto Martins) e Tributo a Martin Luther King (Wilson Simonal e Ronaldo Bôscoli).

De volta ao Brasil, em 1972, lançou, pela mesma etiqueta, o LP Elza pede passagem, onde interpretou Saltei de banda (Zé Rodrix e Luís Carlos Sá) e Maria-vai-com-as-outras (Toquinho e Vinícius de Morais), e apresentou-se no teatro carioca Opinião, no show Elza em dia de graça.

Ainda nesse ano, passou uma temporada realizando um show no navio italiano Eugênio C, fez um espetáculo de duas semanas na boate carioca Number One, cantou no Brasil Export Show, realizado na cervejaria Canecão, do Rio de Janeiro, e recebeu o diploma de Embaixatriz do Samba, do conselho de música popular do Museu da Imagem e do Som, do Rio de Janeiro.

Em 1973, gravou o LP Elza Soares, pela Odeon, cantando Aquarela brasileira (Silas de Oliveira) e Pranto de poeta (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito); e apresentou-se no show Viva Elza, que estreou no T.B.C., na capital paulista, e que depois foi levado em vários Estados.

Nos dois anos seguintes, lançou pela Tapecar mais dois LPs, Elza Soares, com Bom-dia, Portela (Davi Correia e Bebeto de São João) e Chamego da crioula (Zé Di); e Nos braços do samba, com faixa-título de Neoci Dias e Dida.

Gravou ainda Pilão+Raça=Elza (1977), Somos todos iguais (1986) e Voltei (1988). A partir de 1986, com a morte de Garrinchinha, seu filho com o jogador de futebol Garrincha (1933 – 1983), passou nove anos na Europa e nos EUA De volta ao Brasil, gravou em 1997 o CD Trajetória, só de sambas, com músicas de Zeca Pagodinho, Guinga e Aldir Blanc, Chico Buarque, Noca da Portela, Nei Lopes e outros.

Nesse mesmo ano, saiu o livro Cantando para não enlouquecer, biografia escrita por José Louzeiro (Editora Globo).

Biografia: Enciclopédia da Música Brasileira (Art Editora e PubliFolha).

[ Fonte: www.mpbnet.com.br ]




Elza Soares Discografia (1960 – 2008)

Nascida e criada na favela de Água Santa no Rio de Janeiro, Elza participou de um show de calouros apresentado pelo renomado músico brasileiro Ary Barroso, e recebeu as maiores notas.

No fim da década de 1950, Elza Soares fez uma turnê de um ano pela Argentina, juntamente com Mercedes Batista. Tornou-se popular com sua primeira música “Se Acaso Você Chegasse”, na qual introduziu o scat a la Louis Armstrong, adicionando um pouco de jazz ao samba.

Mudou-se para São Paulo, onde se apresentou em teatros e casas noturnas. A voz rouca e vibrante tornou-se sua marca registrada. Após terminar seu segundo LP, A Bossa Negra, Elza foi ao Chile representando o Brasil na Copa do Mundo da FIFA de 1962. Seu estilo “levado” e exagerado fascinou o público no Brasil e no exterior.

Nos anos 70, Elza entrou em turnê pelos Estados Unidos e Europa. Sua carreira remonta mais de 40 anos. Em 2000, foi premiada como “Melhor Cantora do Universo” pela BBC em Londres, quando se apresentou num concerto com Gal Costa, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso e Virgínia Rodrigues. No mesmo ano, estreou uma série de shows de vanguarda, dirigidos por José Miguel Wisnik, no Rio de Janeiro.

Foi casada com Garrincha, com quem teve um filho, morto aos 8 anos em 1986 num acidente de carro, quando foi visitar o túmulo do pai em Pau Grande.

Autógrafo da artista

Elza Soares teve inúmeras músicas no topo das listas de sucesso no Brasil ao longo de sua carreira; alguns dos maiores sucessos incluem: “Se Acaso Você Chegasse” (1960), “Boato” (1961), “Cadeira Vazia” (1961), “Só Danço Samba” (1963), “Mulata Assanhada” (1965) e “Aquarela Brasileira” (1974).

Alguns dos álbuns de Elza foram relançados em versões remasterizadas de CD: de 1961 – A Bossa Negra (contendo seu maior sucesso no ano, “Boato”) – e de 1972, com uma grandiosa banda, Elza Pede Passagem (produzida por Dom Salvador), sendo dois dos seus mais aclamados trabalhos.

Elza pede passagem não fez tanto sucesso como seus trabalhos anteriores, quando lançados originalmente no Brasil; no entanto, é considerado um clássico e representante do som “samba-soul” do início dos anos 70.

Em 2002, o álbum Do Cóccix Até O Pescoço garantiu-lhe uma indicação ao Grammy. O disco recebeu críticas estupendas da imprensa da música e divulgou uma espécie de quem é quem de artistas brasileiros que com ela colaboraram: Caetano Veloso, Chico Buarque, Carlinhos Brown e Jorge Ben Jor, entre outros. O lançamento impulsionou numerosas e bem-sucedidas turnês pelo mundo.

Em 2004, Elza lançou o álbum Vivo Feliz. Não tão bem-sucedido em vendas quanto suas obras anteriores, o álbum continuou a executar o tema de fazer um mix de samba e bossa com música eletrônica e efeitos modernos. O álbum apresentou colaborações de artistas inovadores como Fred Zero Quatro e Zé Keti.

Em 2007, nos Jogos Pan-americanos do Brasil, Elza interpretou o Hino Nacional Brasileiro, no início da cerimônia de abertura do evento, no Maracanã.

[ Fonte: discotecanacional.wordpress.com, 04/01/2011 ]



DISCOGRAFIA

(2011) 100 Anos de MPB, Vols 7 e 8 (participação) • Discoberta/ ICCA • CD
(2011) O samba carioca de Wilson Baptista (participação) • Biscoito Fino • CD
(2010) Pilão Raça = Elza • Discoberta • CD
(2010) Somos todos iguais • Discoberta • CD
(2009) Arrepios - Elza Soares & João de Aquino • Selo Pívetz • CD
(2007) Beba-me - Elza Soares ao vivo • Biscoito Fino
(2003) Trilha sonora do filme "Lisbela e o prisioneiro" • vários • CD
(2003) Um ser de luz - saudação à Clara Nunes • Deckdisc • CD
(2003) Vivo feliz • Selo Reco-Head • CD
(2002) Duetos-Chico Buarque • (participação) • CD
(2002) Do cóccix até o pescoço • Maianga Discos • CD
(2002) Jorge Aragão ao vivo convida • Indie Records • CD
(2000) Cole Porter, George Gershwin - Por Carlos Rennó - (vários) • Independente • CD
(1999) Carioca da gema • Independente • CD
(1997) Trajetória • CD
(1997) Salve a Mocidade. Volume • CD
(1988) Voltei • RGE • LP
(1986) Somos todos iguais • LP
(1980) Elza negra, negra Elza • CBS • LP
(1980) Com que roupa • Odeon • LP
(1977) Pilão + raça = Elza • LP
(1975) Com que roupa. Com Miltinho • Odeon • LP
(1975) Aquarela brasileira • Odeon • LP
(1974) Se acaso você chegasse • Odeon • LP
(1974) Salve a Mocidade • Tapecar • LP
(1974) Quem é bom já nasce feito • Tapecar • LP
(1974) Samba, minha raiz • Tapecar • LP
(1973) Lendas do Abaeté • Odeon • LP
(1973) Elza Soares • Odeon • LP
(1972) Sangue, suor e raça. Com Roberto Ribeiro • Odeon • LP
(1972) Grade do amor • Odeon • LP
(1972) Swing negrão. Com Roberto Ribeiro • Odeon • LP
(1972) Elza pede passagem • Odeon • LP
(1972) Maria vai com as outras • Odeon • LP
(1971) Se acaso você chegasse • Odeon • LP
(1970) Samba & mais sambas • Odeon • LP
(1970) Mas que nada/Mácara negra • Odeon (Itália) • Compacto simples
(1969) Elza, carnaval & samba • Odeon • LP
(1969) A flor e o samba • Odeon • Compacto simples
(1969) Onde está meu samba? • Odeon • LP
(1969) Boogie-woogie na favela • Odeon • LP
(1969) Heróis da liberdade • Odeon • LP
(1969) Juntinho de novo • Odeon • LP
(1968) Balanço zona sul • Odeon • LP
(1968) Diálogo de crioulos • Odeon • LP
(1968) Mestre-sala • Odeon • LP
(1968) Capoeira • Odeon • LP
(1968) Elza Soares & Wilson das Neves • LP
(1967) Palmas no Portão • Odeon • LP
(1967) O mundo encantado de Monteiro Lobato • Odeon • LP
(1967) Negro telefone • Odeon • LP
(1967) Com que roupa • Odeon • LP
(1967) O máximo em samba • LP
(1966) Com a bola branca • Odeon • LP
(1965) Um show de beleza • Odeon • LP
(1965) O samba brasileiro • Odeon • LP
(1965) Verão do meu Rio • Odeon • LP
(1965) O neguinho e a senhorita • Odeon • LP
(1964) Na roda do samba • Odeon • LP
(1963) Só danço samba/Sim e não • Odeon • 78 RPM
(1963) Eu sou a outra/Amor imposssível • Odeon • 78 RPM
(1963) Sambossa • Odeon • LP
(1962) Ziriguidum/Maria, Mária, Mariá • Odeon • 78 RPM
(1962) Avec no Leblon/Aconteceu um novo amor • Odeon • 78
(1961) Eu e o Rio • Odeon • LP
(1961) Beija-me • Odeon • LP
(1961) Mulata assanhada • Odeon • LP
(1961) Boato/O samba está com tudo • Odeon • 78 RPM
(1960) Edmundo (In the mood)/Era bom • Odeon
(1960) Teleco-teco nº 2/Casa de turfista•Odeon• 78 RPM
(1960) Se acaso você chegasse • Odeon • LP
(1960) Tenha pena de mim • Odeon • LP
(1959) Se acaso você chegasse/Mack the Knife • Odeon

[ Fonte: www.dicionariompb.com.br ]




FESTA LITERÁRIA DE PARATY / 2011

Elza Soares prova que a voz não falha (sinopse)
Por Gabriela Longman (Folhapress)

Quase um mês após ser operada da coluna, a cantora Elza Soares, fez um dos shows de abertura da 9ª FLIP (Festa Literária Internacional de Paraty).

A cantora fez uma apresentação sentada, mas não deixou de arrancar aplausos entusiasmados da plateia pela simpatia e pela força da voz.

Antes, o professor Miguel Wisnik dividiu o palco com Celso Sim por uma hora. Elza entrou depois para dantar cerca de 7 músicas, entre elas "Flores Horizontais", de Wisnik, baseada em poema de Oswald de Andrade, escritor homenageado pela FLIP este ano.

[ Fonte: Folhapress, 8 de Julho de 2011 ]


[ Editado por Pedro Jorge ]



CONTATOS PARA SHOWS


Pedra Corrida Prods. Arts.

Telefones: (021) 2245-1040 / 2249-1100
Site: www.pedracorrida.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário